"Mui nobre e sempre leal cidade de Évora",
reza o brazão e a bandeira da cidade.
Desde a Antiguidade, Évora, ponto de encontro milenar de rotas comerciais, destaca-se pela importância política e social.
Do património romano do Templo de Diana, da ocupação muçulmana, Évora assume desde a Idade Média uma posição de destaque no território português.
A Sé Catedral constitui o primeiro monumento de referência gótica em Portugal, tendo a Universidade sido instituída em 1556.
A riqueza patrimonial de Évora atesta a classificação de Centro Histórico como Património da Humanidade desde 1986.
Évora
"Ao amigo vindo da luminosa
Itália, a minha cidade, como eu
Soturno e triste…
Évora! Ruas ermas sob os céus
Cor de violetas roxas… Ruas frades
Pedindo em triste penitência a Deus
Que nos perdoe as míseras vaidades!
Tenho corrido em vão tantas cidades!
E só aqui recordo os beijos teus,
E só aqui eu sinto que são meus
Os sonhos que sonhei noutras idades."
FLORBELA ESPANCA
e....
A beleza de Évora descrita por Virgílio Ferreira:
"Évora é uma cidade branca como uma ermida. Convergem para ela os
caminhos da planície como o rasto da esperança dos homens. E como a uma
ermida, o que a habita é o silêncio dos séculos, do descampado em redor.
Conheço, dos seus espectros, a vertigem das eras, a noite medieva mora ainda
nas ruas que se escondem pelos cantos, nas pedras cor do tempo ouço um
atropelo de vozes seculares. Vozes de populaça, gritos de condenados, eco de
reis, senhores, estrépito de guerras, ódios e sonhos, sob a imobilidade dos
mesmos astros. Como um cofre do tempo, a cidade ignora a exactidão do
presente, conhece apenas o alarme da memória. As casas novas têm todas a
mesma idade de séculos. E quando se sai da cidade, a planície prolonga, até a
um limite irreal, esta voz de infinitude."
“Carta ao futuro” In Vértice, Revista de Cultura e Arte, nº. 180, Setembro de 1958, p. 457.
As duas citações foram retiradas do sítio: