quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PORTA Nº 21 - PAÇO DE ARCOS


Na Costa de Lisboa, concelho de Oeiras, junto às praias encontramos a charmosa vila de Paço de Arcos. As ruas pitorescas e a simpática zona histórica  são um polo atrativo para o comércio, restauração e hotelaria.
 
 
E qual é a origem do nome Paço de Arcos? Nesta história entra um rei e um palácio. Conta-se que o Rei D. Manuel I e a sua filha D. Maria, se hospedavam no Palácio dos Arcos, a construção mais destacada da vila, para participar em caçadas na quinta e para assistir à partida das caravelas. Assim, nasceu a toponímia Paço de Arcos onde actualmente o Palácio dos Arcos alberga um hotel.

Paço de Arcos foi também conhecida pelas suas pedreiras, já desativadas, tendo sido elevada a vila no 7 de dezembro de 1926.
 
Nesta vila instalou-se, em 1963, o conhecido estúdio de áudio Valentim de Carvalho que recebeu famosos intérpretes da música portuguesa. Destaca-se ainda a prestigiada Escola Náutica Infante D. Henrique.    


 
 
 
 
Uma das figuras mais emblemáticas de  Paço de Arcos é Patrão Joaquim Lopes, pescador e salva-vidas, conhecido pelos seus salvamentos aos náufragos na barra do Tejo.  
 
Nascido em Olhão, aos 21 anos foi viver para Paço de Arcos. Aqui trabalhou como remador da falua do Bugio, tendo-se  tornado patrão de salva-vidas.

Destacou-se pela sua coragem no salvamento de centenas de pessoas na Barra do  Tejo e no estrangeiro.
 
Pelos feitos corajosos, foi condecorado com a Ordem da Torre e Espada pelo Rei D. Luís, e uma condecoração do governo britânico pelo salvamento da tripulação de duas embarcações inglesas.
 
Morreu em 1890, com 92 anos em Paço de Arcos, tendo tido um funeral nacional organizado pela Marinha.

A biografia de  Joaquim Lopes, "O Homem que venceu o Mar", foi escrita por Antero Nobre. Num excerto publicado  em 2002 no jornal O Olhanense, lia-se:

 
"No dia 24 de Fevereiro de 1862, Joaquim Lopes recebia, na sua pobre casa de Paço d'Arcos, uma visita inesperada e que sobremaneira o honrava. O Rei D. Luís, em pessoa, visitava o patrão do salva-vidas, o humilde "Joaquim da Falua" para felicitá-lo pelo salvamento heroico da tripulação do Almirante! "
 


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

MUSEU MILITAR - LISBOA

 


 
Este ano visitei pela primeira vez o Museu Militar de Lisboa que acolhe a importância do património histórico-militar e fiquei agradavelmente surpreendida pelo espólio e esplendor das salas.
 
 
 

O rei D. Manuel I  mandar erigir, onde actualmente se encontra instalado o Museu Militar, umas  edificações designadas por “Tercenas das Portas da Cruz”. Nascem assim as oficinas fabrico da pólvora  e de artilharia e depósitos para guardar e conservar o material de guerra numa época em que esta atividade está concentrada na mão de particulares. Nas Tercenas são também construídos toda a espécie de barcos da época.
 
 
 

 
 
Deve-se aos reis D. João III e D. Sebastião o empenhado esforço de melhoria das tercenas e dos depósitos de armas.
 

 
 
Uma admirável escultura sobre a I Guerra Mundial.
 









Para além da diversidade das peças militares, o Museu destaca-se pela beleza das pinturas e tectos exemplarmente conservados. 





 
 
 
 
 


 


 





Peças de artilharia no interior e  no exterior do Museu.