Uma pausa para um poema é
um sopro de tranquilidade. Uma pausa ajuda a desvanecer a tensão
e o turbilhão de ideias que nos assolam, tantas vezes, a uma
velocidade frenética.
Pausa .... para um sopro
de tranquilidade com um poema de uma grande poetiza, açoriana, nascida a 13 de
setembro de 1923 na Fajã de Baixo (Ponta Delgada - S. Miguel) ... Natália
Correia.
Abre a janela e descobre o poema ....
Foto: Margarida Rebelo |
O Poema
"O poema não é o canto
que do grilo para a rosa cresce.
O poema é o grilo
é a rosa
e é aquilo que cresce.
É o pensamento que exclui
uma determinação
na fonte donde ele flui
e naquilo que descreve.
O poema é o que no homem
para lá do homem se atreve.
Os acontecimentos são pedras
e a poesia transcendê-las
na já longínqua noção
de descrevê-las.
E essa própria noção é só
uma saudade que se desvanece
na poesia. Pura intenção
de cantar o que não conhece."
______
Natália Correia, in "Poemas (1955)"
que do grilo para a rosa cresce.
O poema é o grilo
é a rosa
e é aquilo que cresce.
É o pensamento que exclui
uma determinação
na fonte donde ele flui
e naquilo que descreve.
O poema é o que no homem
para lá do homem se atreve.
Os acontecimentos são pedras
e a poesia transcendê-las
na já longínqua noção
de descrevê-las.
E essa própria noção é só
uma saudade que se desvanece
na poesia. Pura intenção
de cantar o que não conhece."
______
Natália Correia, in "Poemas (1955)"
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