Uma tarde de domingo em Novembro com temperaturas de Primavera numa vila pitoresca junto ao mar.
Num canto, um rapaz lê atentamente à sombra da igreja irrepreensivelmente pintada. No telhado, as gaivotas alinhadas em fila olham para o mar. No cimo da cruz da Igreja, outra gaivota assumiu o papel de vigia. Todas olham para a mesma direcção.
As copas da árvores parecem novelos de lã gigantes que se multiplicam na sombra da parede, aguardam pela próxima estação.
O rapaz e as gaivotas virados para locais opostos, as árvores, ignoram a existência de cada um deles.
O rapaz que lê à sombra da Igreja, as gaivotas alinhadas no telhado e as árvores que parecem novelas de lã gigantes convivem, simplesmente, existem num momento fotográfico. Sem se aperceberem do que está à volta.
Para respeitar deveria bastar existir.
Sem comentários:
Enviar um comentário