segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CONVERSA COM UM MOMENTO FOTOGRÁFICO - 2

Uma tarde de domingo em Novembro com temperaturas de Primavera numa vila pitoresca junto ao mar. 
 
Num canto, um rapaz lê atentamente à sombra da igreja irrepreensivelmente pintada. No telhado, as gaivotas alinhadas em fila olham para o mar. No cimo da cruz da Igreja, outra gaivota assumiu o papel de vigia. Todas olham para a mesma direcção.
 
As copas da árvores parecem novelos de lã gigantes que se multiplicam na sombra da parede, aguardam pela próxima estação.
 
  

 
O rapaz e as gaivotas virados para locais opostos, as árvores,  ignoram a existência de cada um deles. 
 
 
O rapaz que lê à sombra da Igreja, as gaivotas alinhadas no telhado e as árvores que parecem novelas de lã gigantes convivem, simplesmente, existem num momento fotográfico. Sem se aperceberem do que está à volta. 
 
Para respeitar deveria bastar existir. 
 

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